Mais uma vez eu não conseguia pensar em algo para expor por aqui, até que enfim me ocorreu de me perguntar o porquê do meu querido irmão não estar em casa – pois é, só fui me perguntar depois de 24 horas. E então, a palavra tão temida por mim invadiu meus neurônios: carnaval.
É isso mesmo, temida. Antes de qualquer coisa, logo digo que esse texto pode ser uma confusão devido tamanha parcialidade que corre pelas teclas.
Ah, que lindo. Carnaval. Todo mundo feliz, todo mundo alegre, todos se divertem, pulam, dançam, gritam. Época de jogar tudo pro alto e fazer acontecer no meio dos foliões. Mas o que você, leitor, acha de dar uma pequena pausa na gritaria e pensar no que está por trás dessa “maravilhosa” festa?
Tentando ser breve, vos digo que o carnaval se iniciou há muito mais tempo do que você provavelmente imagina, com o objetivo de fazer tudo o que não seria feito nos 40 dias que se seguiriam que serviam para “se aproximar de Deus”. Muitas das características permanecem, mas muita coisa também mudou.
Agora todo mundo esqueceu do sentido dito acima e só o que quer mesmo é sair pras ruas pra beijar, beber, dançar. Em resumo: curtir seu bom e velho pão e circo. Pois é, não é só uma festa. Prova disso? Procure aí na sua casa um abadá. Olhe a parte das costas. Sabe o que tem lá? Patrocínio e propaganda política. Pra quem ainda não entendeu o que quero dizer, deixa eu explicar. O carnaval é de total interesse das autoridades, por isso tanto investimento no evento. Afinal, um bom carnaval, com as “melhores bandas” proporciona felicidade para a população, então é só colocar os nomes dos políticos no meio da festa e esperar o retorno nas eleições seguintes.
Bom, esse com certeza não é o único ponto negativo que vejo nessas festas. A melhor maneira de achar tais pontos é encarando o lugar onde eles podem ser achados. O folião foi, não na época, uma das piores experiências da minha vida. Não vou discutir cada um dos pontos porque esse não é o foco do texto, mas, me perdoe se isso soar ofensivo. O que eu enxergava ali eram animais alcoolizados fazendo dança do acasalamento com música ruim. Parece que a população resolve expor todos os seus instintos mais primitivos nessa festa.
Tudo bem se você gosta, mas eu não vejo nada positivo em ceder a consciência pro álcool, ficar com o máximo de desconhecidos possível, e tudo isso ao som da mais bela trilha sonora. Eu sei, é gosto. Mas não dá pra reavaliar um pouco essa felicidade?
Não contentes com tamanho estrago, os curtidores parecem fazer de tudo pra deixar as marcas da festa por toda a cidade. Lixo, fedor, preservativos, gravidez indesejada, festa das dst's são as palavras-chave pra resumir o dia posterior à folia.
Não tenho certeza se consegui dizer o que queria com este post, mas acho que posso sintetizar em um único pedido: instigue. Pense o que está por trás de cada e qualquer ação feita. Tenho certeza que se isso acontecesse, a população não mais estaria marcada por coisas como as dita acima. Não quero parecer o dono da verdade, dizendo o que é certo ou errado ou o que você deve fazer. Essas são apenas as minhas considerações, o que quero é que você pense por si e crie as suas próprias sobre o assunto. Com isso, tentemos resgatar os valores perdidos pela juventude como dito no último post do Velikeiro Pai.
Até a próxima.