sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Yes “Close to the Edge”


Definitivamente um dos maiores clássicos do rock progressivo, é este incrível álbum de (originalmente) três músicas "Close to the Edge". E também bastante representativo do quanto o progressivo pode ser exagerado e harmônico ao mesmo tempo.

Abrindo com uma longa faixa de quase 20 minutos homônima que ocupa um lado inteiro do vinil, o virtuosismo chega dando as caras de forma branda e a porrada seca invade seus ouvidos. Steve Howe viaja na sua guitarra, sempre muito criativa até que há uma pausa e se ouve um "ah!", um coro leve na voz de Jon Anderson, e então voltamos a loucura de Howe, que vai logo tomando forma e se torna algo calmo e ritmado, até entrar os vocais e está instaurada a aura prog até o talo. Se você não curte o estilo, e antipatiza com seus exageros, esqueça Close to the Edge. E a primeira faixa já mostra isso logo de cara, sendo que o ouvinte desacostumado desiste logo no início. Olha, sinceramente, não entendo como algumas pessoas reclamam do virtuosismo do Yes. Creio que este é o mérito da banda, fazer um som com técnica apuradíssima e mesmo assim não haver a perda de feeling. Pelo menos neste álbum.

Tudo bem, vamos andar um pouco adiante com esta Close to the Edge, e lá pelos oito minutos a coisa muda de novo, e ouvimos um baixo super trabalhado, créditos de Chris Squire, um dos deuses do instrumento no mundo do rock'n'roll. Então saímos do segundo ato "Total Mass Retain" para ir ao terceiro, "I Get Up I Get Down", com órgãos de outro deus do seu instrumento, Rick Wakeman, bem calmos enquanto os vocais cantam algo bem tranquilo também. Certeza de viagens psicotrópicas pelo espaço sideral. É incrível como tudo é milimetricamente calculado nas músicas do Yes. Além de todos seus instrumentos serem tocados ao extremo, sua harmonia vocal é perfeita, virtuosa ao extremo.

O que podemos falar mais? Close to the Edge é daquelas músicas que levam o conceito progressivo até o fim. E então temos as outras duas faixas que fecham o álbum, "And You And I" e "Siberian Kathru". Essas vou deixar pra vocês concluírem (isso se ouvirem tal obra-prima), mas podem ter certeza de que Squire, Howe, White, Anderson e Wakeman vão fazer o máximo para mostrar o que é rock de verdade, e que rock precisa de cuidados especiais, rock precisa de responsabilidade. Agora se Close to the Edge é responsável ou irresponsável e exagerado, é a você quem cabe descobrir.

3 comentários:

  1. Ramiro patife, Beatles em cima de Yes? Mas nunca!

    ResponderExcluir
  2. Álbum realmente muito sensacional. Mas acho que não devias se deter tanto à primeira faixa.
    E o "Certeza de viagens psicotrópicas pelo espaço sideral." foi louco =D

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir