terça-feira, 5 de outubro de 2010

Capitão América “A Escolha”


Não é de hoje (ou é sim, se você considerar hoje como a última década) que colecionar histórias em quadrinhos é um passatempo caro. Um encadernado em capa dura, por exemplo, é no mínimo cinquenta reais. Porém, qual é a minha surpresa ao ver este Capitão América: A Escolha por R$ 22,90, capa dura e cerca de cento e cinquenta páginas na Saraiva. Legal! Ainda vêm com um pôster super gente boa. Só podia haver um porém, da história e/ou os desenhos serem ruins.

Do mesmo roteirista do romance First Blood, que depois se tornou o filme do Rambo, David Morrell, não duvide que A Escolha é uma grande propaganda dos EUA. Aliás, como qualquer outra história do bandeiroso. Também não duvide que haverá viagens, muitas viagens. Como por exemplo, Steve Rogers (o Capitão América) se comunicando telepaticamente com pessoas dos Estados Unidos para lhes repassar o espírito do sonho americano. Ou, um soldado matar uma galera, sozinho. Acontece.

Em linhas gerais o comic conta a história hipotética de um Capitão América a beira da morte, sofrendo os efeitos colaterais do soro do super soldado, que ironicamente, foi o soro que lhe deu seus poderes. Em seu leito de morte, o patriota mais amado (e odiado) do universo Marvel ensina lições de coragem, honra, lealdade e sacrifício. E essas quatro palavras se repetem por toda a obra. Cansativo? Que nada. E ainda, com seus desenhos competentes, Mitch Breitwiser vai melhorando a cada página, enfrentando o mal que assola ilustradores de publicações mensais: o cansaço.

Pois bem, se você está disposto a ter uma lição de moral vinda diretamente do grande Capitão América, descongelado na década de 60 por Tony Stark, e não se importa em ser atacado diretamente pelos EUA e o sonho americano, vá em frente e se divirta com uma das melhores obras da arte sequencial lançada esse ano. Mas preste atenção, porque isso não é grande coisa.

Panini Books R$ 22,90 Captain America: The Chosen

2 comentários:

  1. Égua, sempre gostei de ter álbuns de figurinhas... Além daquele furrecas que prometiam dar televisões, video games (nunca vi ngm ganhar prêmio melhor que 'resta um' ¬¬), tive um do pokémon muito louco, que tinham os 150 primeiros, os caras, alguns pokémons especiais e as insignias (não sei como se escreve essa porra, mas eram aquelas pedrinhas que o ash tentava conquistar). Muito louco mesmo, só nunca colecionei o álbum da Copa, não sei pq...

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  2. Acho a historia do America um lixo, assim como a do batman, superman e homen aranha. PauloRoberto.

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