terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Tratado Sobre as Paixões Efêmeras" por Jonathan

Hoje me deparei com a idéia de dois tipos de pessoas, estando eu em um deles inserido. Digo-lhes que o pensar foi um tanto sinuoso e doloroso, nele vieram algumas incertezas, pensamentos de impotência, e, um brando desapontamento pessoal por não prosseguir ou fazer vingar os momentos que me soam grandiosos, mas não é sobre a ‘’minha’’ pessoa em especial esse artigo, na verdade acho que é mais sobre mim do que qualquer outra coisa, mas falemos sobre um dos tipos citados no início. 

Agora, sim
Me refiro à aqueles seres frágeis e feridos, que amam de momento em momento,em par de atos,e provavelmente mais de uma vez,mais de um alguém.Talvez poucos compartilhem das idéias que aqui devem ser derramadas,talvez poucos sintam com os toques majestosos e simples que a vida nos oferece,e não é preciso muito mais que mãos desleixadas como as de quem isso escreve.

Acho melhor não prolongar mais a introdução dos meus sentidos, que nada mais irá fazer do que contar uma experiência íntima, que eu espero deixar ao alcance de todos.
O limiar de tudo começa com um alguém em específico, tirado do mar de corpos que em algum lugar se aglomeravam, e meus caros leitores, ali enfim começar essa minha empírica constatação. Posso lhes adiantar que não há imparcialidades ou qualquer tipo de gesto impessoal aqui, mas nos atenhamos às conclusões simples. 
Porque essa foto está aqui? Mia Sara!
Tudo se inicia com uma pessoa que a ‘’esmo’’ conheci, e pronto,ali brotou a particularidade do tão querido título que este emaranhado de palavras leva,há ali então alguns gestos que demarcam o porquê de tudo o que veio depois, o trocar de mãos, um abraço simples, ou só o tomar de braços já caracteriza o disparate emocional de toda a situação, não causada por isso em exato, mas o tal de ‘’cativar’’, que desde uma velha obra infantil vem sido discutido e solto nos mais diversos cantos. Sim, ai se inicia tudo,no cativar,e nele o nascer de todas as quedas que sofri,e acredito ainda sofrer. 

E é ai que sem notar nos vemos em um abismo, com uma inigualável vontade de pular, sem a certeza de que seus pés podem tocar o chão, seu corpo parece a fina camada que separa todo o céu de todo o inferno do seu existir, aos poucos se é atirado nas mais cruéis antíteses, suas mãos se tornam íntimas dos instantes derradeiros e grandiosos, enquanto um pânico sereno toma o vento choroso que nutre a esfera musical desses instantes,e enfim se percebe o mais importante,mais do que isso,a percepção de que ali há uma parte eternizada na concepção passada e futura de quem você é ou virá a ser. 

Finalmente uma paixão efêmera
E então ficou claro o tipo de homem que sou,o atrapalhado de idealizações românticas,efêmeras ou não,mas que sempre hão de permear as minhas lembranças,cada momento único é respaldado pela minha plena admiração por ele.Cada pequeno gesto cativante,uma história que nunca há de ser banal,noto que a minha concepção é à de  que sempre vou me perder nessas situações,nos braços únicos que cada vez me tomarem e forem tomados,a idéia de que cada pessoa que a mim cativar,vai em mim viver,numa idealização passada ou presente,de quem não subestima ou menospreza o magnífico que esses confusos e humanos seres representam.

A experiência de saber,que cada uma das mulheres que em mim tocar,que uma parte singela minha tocar,há de um pouco de mim levar,há de deixar também um fragmento de tudo na memória da alma,que nem o fogo insistente das demais perdições passageiras deve apagar,ou no caso fazer esquecer,o inigualável significado e instantes que me fizeram contemplar.

4 comentários:

  1. Belas palavras trazem brilho aos nossos olhos e acalmam o que tanto nos atormentou, que até ficou perdido só fingindo estar esquecido... Gostei muito.

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