segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Jethro Tull “Thick As A Brick”


Saudações galera velikeira. Venho, por meio desse blog, comentar sobre um álbum que conheci semana passada e fiquei completamente alienado por ele. Veja bem, se alienar nem sempre é ruim, afinal, Thick As A Brick é uma peça de perfeição moderna.
Impossível não fica inseguro também, ao resenhar um álbum composto de uma música de 45 minutos. Sim, pode parecer assustador para o ouvinte desacostumado com os exageros do rock progressivo, mas a habilidade dos caras do Jethro faz com que essa imensa "suíte", por assim dizer, fique bem tranquila de ouvir, trocando várias vezes de frases, mas nunca perdendo a linha básica, como várias outras suítes de rock progressivo fazem (já ouviram "2112" do Rush?). Usando e abusando da sua flauta, Ian Anderson também canta muito, e a cada vez que você ouve mais Jethro Tull, fica apaixonado pela sua voz singular, que em minha opinião foi bastante copiada no meio prog. A guitarra de Barre é bem competente também, assim como o piano e órgão de John Evan. Mas, deixando um pouco o lado instrumental de lado, que é muito bom, sem mais, é necessário falar da letra da música. O principal é a letra da música. Não tem graça nenhuma, se você não sacar a letra da música.


"Really don't mind, if you sit this one out / my words but a whisper, your deafness a shout"


Abrindo com esses versos, é incapaz de você não ficar desnorteado só de tentar pensar no que o tal do "Little Hamilton" está falando. "Thick As A Brick" é um poema escrito por Gerald "Little Hamilton" Bostock, e está impresso no encarte, que imita um pequeno jornal de 12 páginas. Aliás, a capa, como você pode ver, é uma paródia às manchetes de jornais ingleses. O garoto escreve nesse poema sobre os desafios de ficar mais velho, de forma genial. Só lendo mesmo pra você entender, mas é uma das mais lindas letras que já li, que se trata de muitas coisas da vida dos jovens de hoje em dia que tem dentro de si uma repulsa a vida adulta e a suas contradições e negligências. 


"So come all you young men who are building castles! Kindly state the time of the year and join your voices in a hellish chorus. Mark the precise nature of your fear."


E o que dizer então, de passagens tão lindas que não se encontra palavras, por nunca se ter visto algo tão lindo?


"Do you believe in the day? Do you? Believe in the day! The Dawn Creation of the Kings has begun. "Soft Venus (lonely maiden) brings the ageless one."


E ao findar da segunda parte, quando um lindo trecho orquestrado de poucos segundos, fazendo-o arrepiar os pelos da nuca? Eu poderia falar deste álbum parágrafos a fio, mas prefiro que você ouça e descubra por si mesmo. E para não perder o costume (que já estava sendo perdido), digo-lhes com firmeza que este merece o Selo de Qualidade Angelical.

Um comentário:

  1. Qualidade Angelical? Mt foda então. É uma pena que não curto muito progressivo, mas prometo dar um baixada no CD e tentar apreciar... Afinal, pelo que vi, a letra é sensacional. Ótimo post.

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