sexta-feira, 30 de julho de 2010

Supertramp "Breakfast in America"

Depois de um breve intervalo de tempo entre a última postagem, venho abordar como tema o perfeito Breakfast in America dessa vez. Sim, perfeito mesmo. Uso essa palavra sem medo quando se trata desse disco do Supertramp.
Misturar progressivo com hits dançantes, parece ser uma combinação frustrada. Mas ouça Gone Hollywood, a abertura do álbum, que começa de leve até explodir num coro feminino muito lindo, precidido de um saxofone preciso. Aliás, em todas as músicas, ou quase todas, o saxofone é elemento de destaque e vai te deixar desnorteado, assim como a aguda voz de Roger Hodgson, que não extrapola os limites dos nossos ouvidos como um Geddy Lee da vida.
E então vem Logical Song, que além de ser famosa e muito gente boa musicalmente, tem uma das melhores letras que já ouvi na vida. Retrata perfeitamente a fase adolescente da vida de toda pessoa, a desilusão, a destruição do idealismo, da banalização do que é fascinante é mágico. Nem vou destacar nenhum trecho, seria tolice escolher algum. O poder que a canção evoca
com "When I was young" já é o bastante.
Pulando os comentários dispensáveis sobre como o sax é bom, o álbum continua com muitos hits que não vão sair da sua cabeça tão cedo, não por serem grudentos, mas sim por combinarem grudentice com qualidade musical com selo de qualidade progressivo! "Goodbye Stranger", "Breakfast in America", "Oh Darling"...
Ainda temos a linda mas nem tanto "Lord Is It Mine". Devagar, baladinha... com a voz de Roger na medida.
No final o que fica é a impressão de que esse álbum tem um alto astral do caramba e é muito divertido de ouvir, por horas a fio. Com certeza Supertramp é uma das melhores bandas dos anos 70, e esse álbum é uma obra-prima das músicas prazerosas de ouvir.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Homem-Aranha "Tormento" por Bruno

Tormento foi uma historia simples e impactante, em que vemos nosso amigo Homem aranha enfrentando o sanguinário lagarto, enquanto é atormentado por um terrível barulho de tambor místico/Vudu feito pela feiticeira Calipso ezil. Mas agora porque Tormento é uma das melhores historias do homem aranha? Bem, vamos aos fatos: Tormento mostra o nosso herói no seu limite, vemos ele cansado, ferido e tendo que enfrentar duas ameaças perigosas que não tem um plano maligno de conquistar o mundo, o planos é simples e um só: acabar com o Homem aranha. Outro fato de tormento: Seus desenhos são incríveis. Todd McFarlane foi conhecido por dar uma grande mudança no estilo do Homem aranha, com seus desenhos de poses mais parecidas com de uma aranha( e meio exageradas digamos assim) e sua teia, que parecia gosmenta e orgânica(como de uma aranha), fora suas sacadas de quadros em formatos criativos e únicos dele. Os desenhos casam perfeitamente com o roteiro( que por sinal são do próprio Todd). Ultimo fato de tormento seria o Lagarto, que é o mais sanguinário, feroz, animalesco( sem trocadilho) vilão do Aranha.
Então é isso, Tormento é basicamente uma historia impactante, bem desenhada e muito boa, ou seja, se você gosta do lagarto, se você gosta de desenhos incríveis ou se você gosta de ver o Homem aranha apanhar muito, então essa é uma historia para você. Segue a ficha técnica da ultima publicação desse arco aqui no Brasil:
-Editora: Panini
-Titulo: Homem aranha Grandes desafios: Tormento
-Paginas: 160
-Arte e roteiro: Todd Mcfarlane
-Preço: 14.90

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Exterminador do Futuro

"Exterminador do Futuro? Arnold Schwarzenegger? Guns 'n' Roses? Que bosta!" Você e mais um monte de galera dizem. Provavelmente. Mas pra minha surpresa, você e mais toda essa galera estão errados. Exterminador do Futuro é muito doido. 
No primeiro filme, que considero o melhor, temos uma produção de baixo orçamento que cria um ambiente de suspense como poucos filmes fazem. Um homem obcecado por proteger a mãe de seu ídolo de uma máquina sem sentimentos que fará de tudo para matá-la. Escrevendo em poucas linhas assim, parece um filme de ação dos anos 80 normal. Mas na tela, funciona perfeitamente. No lado pressionado, tempos Michael Biehn e Linda Hamilton, formando inevitavelmente um belo casal. Do lado que pressiona, temos o infame governator da Califórnia, Arnold. É verdade que o poder de atuação dele é pífio, mas para o papel ele cai como uma luva: uma máquina mortífera de poucas palavras.
As cenas de tensão de Linda Hamilton, que faz o papel de Sarah Connor, dão o tom para o filme, enquanto Arnold, que interpreta o Exterminador, vai atrás dela matando tudo o que tiver pela frente. Kyle Reese (Biehn), faz de tudo pra enfrentar o robozão de frente, mas a impressão que dá é que é impossível, deixando o filme mais tenso ainda.
Acompanhamos a evolução da Sarah Connor, de uma pobre garçonete pra uma obstinada guerreira, que vemos no segundo filme.
Sobre o segundo filme, "O Dia do Julgamento", observa-se que é uma continuação comercial, já que o primeiro filme é autosuficiente no quesito enredo. Porém, com uma personagem interessante (Sarah), James Cameron (Avatar? Argh) faz uma das melhores sequencias que já tive o prazer de ver. Deixando a faceta suspense de lado (parte da culpa por causa do vilão da vez ter sido fraco), você vai ver muitas explosões, perseguições de carro, metal líquido, merchan da Pepsi e claro, as frases feitas que retornam do primeiro.
Depois que vi ambos os filmes, e acho que você irá concordar caso veja ou já tenha visto, que Exterminador do Futuro é uma franquia pra lá de vulgarizada. Caso você detecte alguns clichês, não se assuste, quem inventou esses clichês foram esses filmes. 
E se você não gosta de explosões e tudo mais, o segundo filme pode até ser enfadonho. Mas duvido que a história profunda que aborda temas como viagem no tempo e inteligência artificial.
Acredite, James Cameron já fez coisa boa. Alías, fez Aliens - O Resgate. :)

domingo, 18 de julho de 2010

Adeus, Lenin!

Filme alemão que se passa no final dos anos 80, justamente na época da queda do muro de Berlim, a unificacao das duas Alemanhas (socialista e capitalista) e a vitória da selecao na Copa do Mundo de 90, conquistando o tricampeonato. 
O protagonista é um jovem simpático chamado Alex, que tem uma mãe ativista do partido socialista da Alemanha Oriental (claro). Quando ela vê o filho numa parada antipartido, desmaia e fica em coma por oito meses. Nesse intervalo de tempo ocorre a queda do muro de Berlim e a globalizacao da Alemanha Oriental. Claro que Alex e sua irmã ficam felizes e aproveitam a vida como nunca antes, mas quando a sua mãe acorda do coma Alex bola uma mentira das grandes: manipula a sua mãe pra que ela não descubra que o socialismo estava acabado. 
Não vou contar os meios que ele usa para isso, mas espere muitas situacoes hilárias, e o melhor, conjuntas a um ponto de vista diferente sobre esse fênomeno histórico de liberdade e loucura. 
Tudo bem, vou contar: como a mãe quer ver televisão, Alex e seu amigo gravam várias fitas como se fossem notíciarios, explicando situacoes como o prédio vizinho estar com um imenso banner da Coca-Cola.
Além de ser uma comédia de qualidade, sem apelar para baboseiras, também tem um toque de tragédia que desabrocha ao longo do final. Mas tudo muito bem aplicado, sem exagerar na tragédia pra encobrir a comédia, uma característica de certos filmes que alguns não gostam. 
O filme apesar de ter uma pinta de trash, por ser claramente de baixo orcamento, mas o legal é justamente a equipe que filmou utiliza bem seus recursos e fazem cenas bem agradáveis. Os atores também são bem competentes.
Destaque para a cena em que Alex rasga dinheiro no teto do prédio. Muito doida. Assim como a cena da estátua de Lenin sendo levada pelo helicóptero -aliás, uma cena famosa.
Bom, fico sem alternativa a não ser dar o Selo de Qualidade: Ouro!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Kings of Convenience "Declaration of Dependence"

São precisas poucas palavras pra descrever o duo indie folk Kings of Convenience, composto por Erlend Øye e Eirik Glambek Bøe. Dois violões, com o som de dedos correndo pelas cordas, às vezes um piano, simplista, e o mais delicioso: os vocais, que se entrelaçam como o céu e o inferno. Ouça com fones de ouvido, que você irá entender.
Seu trabalho mais novo, Declaration of Dependence, exprime o som clássico que eles fazem. Músicas que de cara parecem ser tristes e depressivas, mas que não vão fazer você chorar. Acho que o objetivo do duo é de fazer o ouvinte atingir uma paz de espiríto, as músicas são calmas e nada complicadas de ouvir.
O mais interessante é observar que (e essa é uma das razões de eu gostar tanto de KoC) é que, eles alcançam a harmonia perfeita com poucos recursos, as músicas transpiram emoção, e vão lhe fazer fantasiar situações em lugares que estão na sua memória há muito tempo.
Antes de ouvir, é necessário "abrir a guarda" um pouco, não prestar muita atenção na instrumentação ou técnicas usadas, e sentir o feeling que a dupla Erlend Oye e Eirik Glambek Boe querem passar.
Declaration of Dependence começa com a linda 24-25, com uma intro de violão muito gente boa e depois começa o vocal, com os dois cantando em tons diferentes, que lindo. Lembra um pouco Symon & Garfunkel, mas na minha opinião não é possível comparar... não mesmo.
Ao longo do álbum temos músicas mais animadas, com uma boa levada, como Mrs Cold, Boat Behind e Rule My World, outras que parecem ser finais felizes, como Freedom And It's Owner e Second to Numb, e outras que são lindas mesmo e são obras-prima da simplicidade, como Me in You, Riot on a Empty Street, Scars on Land...
Bom, a minha dica é, mesmo que você curta do mais complicado progressivo até de Lady Gaga, Kings of Convenience será conveniente a você. Aliás, nunca antes esse nome me fez tanto sentido.
Clique aqui para ouvir (sem vírus)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Algumas paradas (gente boa ou não)

 MAntes de qualquer coisa, vejam essa vídeo da banda Premiata Forneria Marconi, rock progressivo italiano dos anos 70 (sem preconceitos, é bom pra caramba): 

Enquanto carrega, vou falar de dois filmes que vi essa semana, Paranoia e Quase Famosos. 
O primeiro vinha sendo bem falado pra mim por meio da galera, dizendo ser um bom thriller e tal. Quando vi o ator principal, dei um passo pra trás: Shia LaBeouf, sim o astro de Transformers (que nojo!!). E o que eu esperava se cumpriu: esse cara atua muito mal, tanto quanto os outros atores-aliás só desconhecido, e um vilão com cara de Anthony Hopkins em Silêncio dos Inocentes (imitação porca diga-se de passagem). Diálogos ruins, cheios de clichês, sustos forçados, um vilão meia-boca, um trio de protagonistas podrezão... E ainda mais: a trilha-sonora é terrível, cheia de bandas pobres e modinha. A única razão pra você ver o filme é a loirinha:
Caso não você não tenha opção de filme no momento, o jeito é dar uma olhada nesse pequeno pedaço de bosta que não fede. Certo, tenho que admitir que o filme levanta um tema interessante: um adolescente preso em casa por 3 meses, sem poder ver tv e jogar videogame. Se a ideia fosse melhor utilizada, daria um filme muito gente boa. Porém esse vai levar o Selo de Qualidade: Palha!




Quase Famosos é um filme de 2000 (que parece ser de 1980, pela qualidade de imagem), mas se passa nos anos 70. Tem uns atores bem competentes (não conhecia a maioria), e ainda a musa indie Zooey Deschanel. O filme conta a história de uma família que consiste de uma mãe tirana e radical, que não permite seus filhos ouvirem o bom e velho rock'n'roll, e seus filhos, uma garota e um garoto. A garota (Deschanel) faz 18 anos e vai embora de casa, numa cena levada pela linda balada dos Simon & Garfunkel "America", do álbum Bookends. Pro irmão a lindíssima Zooey deixa uns discos embaixo da cama, pra ele abrir a cabeça. Três que identifiquei: Led Zeppelin II, Tommy e Bold as Love.
Apesar do moleque ser proibido de ouvir essas coisas, ele cresce com o rock nas veias e começa a escrever uns artigos para a revista Creem sobre bandas e tal. Beleza até aí não conto mais nada. O que você precisa saber é que esse é um dos poucos filmes que tem na trilha sonora cinco, isso mesmo, CINCO músicas do Led Zeppelin, e como vocês devem saber a banda é super seletiva com o que licenciam. Além do Led, temos Yes, Black Sabbath, Allman Brothers, Lynyrd Skynyrd e tudo que há de bom no mundo. 
O filme mostra várias coisas super bacanas da época, como turnês de bandas famosas, groupies, sucesso, fracasso, sexo, drogas e claro rock'n'roll (desculpe se você já está cansado de ler essa três palavras nessa ordem e no mesmo lugar). Mais outra razão pra você ver esse filme é a loirinha:
Essa é a Kate Hudson, que faz a groupie "Penny Lane" no filme. Um lindo nome pra uma linda garota.
Só não desista do filme por suas quase três horas, porque vale a pena até o final. E fique ligado na cena em que a Penny Lane e o protaganista estão no carro... Quem curte Pink Floyd vai sacar na hora!
Selo de Qualidade Platina, sem dúvidas!




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