Well, well, well, my drugs. Esse é o primeiro post depois das muitas comemorações, festas e parabenizações pelo aniversário do blog e... nada, só achei que devia comentar. Como aqui ninguém se importa com números e datas, vamos ao que realmente constrói esse maravilhoso complexo de ideias.
Recentemente, notei alguns comportamentos estranhos de diversas pessoas, inclusive de amigos, que me deixaram surpreso. Quer dizer, ao menos esses comportamentos deveriam ser estranhos, mas o meu medo e motivo desse post é exatamente o de parecer que eles não o são. Me refiro a comentários a respeito do que é belo, feio, econsequências dessas visões. E agora pretendo fazer algumas considerações à respeito.
Primeiramente vos pergunto: você, sagaz leitor, já parou um instante pra pensar por que considera figuras como Scarlett Johansson e Brad Pitt donos de extrema beleza? Não é uma pergunta tão simples de ser respondida, e nem por isso tão difícil. Mas o curioso, e ao mesmo tempo triste, é que nós nem ao menos temos controle de tomar essa decisão por nós mesmos. Sim, pois o conceito do que vem a ser feio ou bonito não somos nós que determinamos, e sim o sistema. Pois é, eu juro que queria evitar essas palavras vistas em todos os meus posts como sistema, capitalismo e outras, mas não deu.
Fato é que a nós é imposto tais conceitos. Isso acontece porque a mídia tem o poder que infelizmente Jesus Cristo não teve: o de nos influenciar da maneira que quiserem e o de fazer de nós o que quiserem. E cabe a ela decidir o que nós achamos de melhor no corpo das pessoas. Essa afirmação pode ser facilmente sustentada pelo fato de a visão do belo ter se modificado no decorrer dos séculos, e ainda mais nas últimas décadas com essa fase assustadora que vive o capitalismo - tsc, falei de novo.
Talvez quem estava realmente correto nesse assunto eram os homens das cavernas. Claro, afinal tudo era instintivo. Sem mídia para controlá-los, provavelmente eles(as) viam o verdadeiro belo nas pessoas, sem controle e escrúpulos. Contudo, essa não é a sociedade em que vivemos. E por isso vemos as coisas do modo como nos é dito pra serem vistas. De que forma? Se você nunca percebeu, aqui vai: através dos meios de comunicação visual - televisão, outdoors, revistas e etc. - somos, à todo momento, bombardeados pela beleza estereotipada por quem manda. E claro, como tudo nesses tempos é mercadoria, isso não deixa de ser.
Justamente por termos essa imagem introduzida em nossos corpos cranianos, tentamos
de todo modo acompanhá-las. E assim sustentamos o capitalismo, perseguindo não o belo, mas o que eles nos fazem achar belo. Academia, cremes, tratamentos capilares, roupas, dietas, maquiagem, dermatologistas... enfim, tudo em prol de alcançar esse estereótipo. Entretanto, isso não é o que mais indigna, afinal é só mais uma forma manter o sistema. O que me amedronta de verdade é o fato de que esse comportamento está cada vez mais presente e forte que os que não se submetem ou conseguem atingir o patamar de beleza desejável estão com
eçando a ser discriminados! Simplesmente, um absurdo!
Essa Sociedade Sem Espinhas está tão presente em nossas vidas que chegou a um ponto onde um adolescente se sente envergonhado de ir a uma festa com uma espinha no rosto. Algo que nem devíamos ter o poder de interferir já que é algo totalmente natural, biológico. Ponto esse em que um rapaz tem que implorar pra que sua namorada não use chapinha - pois é, acontece se é que me entendem.
Talvez Adous Huxley acertou mais uma ao colocar esse comportamento ao extremo no maravilhoso livro O Admirável Mundo Novo. Visão essa que foi vista com olhar de ridicularização na época, porém que a cada dia que passa, vemos se perpetuar. O pior é que com o passar do tempo, outros paradigmas virão, e, consequentemente, outras concepções de beleza, e o ciclo se renovará e continuará, e talvez os lindos de hoje sejam olhados com risos no futuro.
Sinceramente, não quero viver em uma sociedade onde eu não tenha o direito de ter espinhas e cabelo enrolado.
Essa foi a coisa mais chata que li nos últimos meses. O tema, o jeito que foi feito, a ideia, até o título...
ResponderExcluirAliás, estou demitindo todo mundo hoje (e antes que vocês venham falar besteira, já tinha decidido antes de ler o post).
Beijo
Pratagy e suas excentricidades, hehe.
ResponderExcluirLucas, só tome cuidado com o uso da crase. Bom texto, porém, temo que simplista.
Mas porque? (sinto que não serei respondida)
ResponderExcluirAdeus, galerinha do mal =D
ResponderExcluirÉ né... achei que era zoação, mas aconteceu, vou sentir falta de rir em alguns textos por aí, vou sentir falta da diversidade no modo de escrever de alguns posts, mas devemos nos acostumar às mudanças que a vida nos traz. Sendo elas boas, ou ruins.
ResponderExcluirLucas, diga pro cara da namorada de cabelo enrolado que tem um outro cara, que também tinha uma namorada de cabelo enrolado e que parou de alisar o cabelo e ficou muito mais bonita cuidando dos seus lindos cabelos enrolados.
ResponderExcluirTá só o Nariz agora aqui é? HEuehuahUAHUHEUhuahuehuHAU Agora o lasanha passa de vez nessa bagaça! Vou sair contratando geral!
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