segunda-feira, 6 de junho de 2011

Uma Conversa no Messenger

Mateus Pratagy diz
nós todos somos capitalistas, caro xande

uns menos outros mais mas no fim estamos todos inseridos no mesmo sistema brasileiro de cidadão padrão

na verdade acho que nem é a questão de ser menos ou mais, é a questão de classe social, mas que se fores pensar cada classe social participa do capitalismo com a mesma intensidade, a diferença é que as altas classes se dão melhor

ou não, visto que tem muita gente prejudicada que vive feliz, que nem a minha funcionária
que na opiniao dela, é super feliz

outro ponto a se destacar é que quanto menor o acesso aos bens do capitalismo

menor é o requisito mínimo de felicidade

algo a se pensar, com certeza

Lucas Ferreira diz
ai, ai.... não vou nem ler o que tu escreveu..

Mateus Pratagy diz
azar o teu

porque dessa vez nao foi besteira

e eu queria saber tua opiniao sobre a minha opiniao, mas como sua disposição quanto a minha opinião está para baixo

não insistirei

Lucas Ferreira diz
... tsc, vou ler -.-

Mateus Pratagy diz


Lucas Ferreira diz
concordo em alguns pontos

mais especificamente no de todos participarem, porque querendo ou não, todos somos merda do mesmo saco de bosta

maaas o papo do requisito mínimo de felicidade, não aacho que seja uma verdade universal

existem muitos casos até, mas isso não assegura a afirmativa que tu fez

Mateus Pratagy diz
sim

também concordo contigo

Lucas Ferreira diz
porque sempre buscam mais capital, por consequência, um maior requisito do que quer que seja a felicidade

Mateus Pratagy diz
todo caso tem suas exceções (esqueci como escreve), mas nesse caso as exceções são varias

mas agora veja bem. se deres vinho bom e peito de galinha pra um carinha lá da favela, vai ser um dos poltos altos do mês

enquanto que peito de galinha tem todo dia aqui em casa, e não é o ponto alto do mês pra mim. eu gosto quanto tem macarronada

Lucas Ferreira diz
ah, saquei...

Mateus Pratagy diz
tu podes dar algumas coisas pra maior parte da população classe media baixa/classe baixa, e eles vao ficar alegres da vida

mas tem muita gente tem que tem tudo isso e quer mais

mas como o carinha pobre nao conhece essas coisas boas da vida, ou se conhece, já sabe que vai morrer sem experimenta-las

deixa por aí mesmo

Lucas Ferreira diz
de fato, quando não se estabelece um padrão muito alto, qualquer coisa que fuja a esse padrão é muito

Mateus Pratagy diz
exatamente

isso é um jeito inteligente de dizer aquela velha historia

"não gosta de sopa? imagine o menino pobre que nao tem nem o que comer!"

Lucas Ferreira diz
é, mas sou contra esse tipo de 'fala'

acho que tu entende por que

Mateus Pratagy diz
eu entendo

e eu também

mas a verdade é que existe prós e contras de pensares "por baixo"

tipo, eu estou sempre tentando pensar por baixo, e ver que a minha vida é muito boa

mas por outro lado é muito ruim

é complicado. existe uma linha que divide o conformismo e a "visão da realidade"

ou melhor, satisfação
é importante estar satisfeito mas nunca conformado, se é que isso existe

Lucas Ferreira diz
o papo poderia ficar melhor, mas tenho que ir...

flw, amiguinho

Mateus Pratagy diz
xau

10 comentários:

  1. Pois é, encontrei esse blog por que notei que você (Mateus) me seguia no twitter.
    Você diz "altas classes", mas na verdade tendo em vista que você se diz socialista (contradizendo com o que dizes acima), deverias dizer sim classe dominante (dos meios de produção)... por exemplo: Porque quem trabalha como diretor de uma multinacional/empresa pertence a uma classe social alta, entretanto na verdade ele pouco interfere na vida das demais pessoas inseridas na sociedade. Já o empresário/latifundiário esse sim representa um risco ao padrão de vida, já que promovem sim a acumulação de capital (capital é diferente de dinheiro), ressalvando que eles são os verdadeiros donos do meios de produção. Minha pergunta fica em saber que tipo de socialista você é? E se és do tipo que estamos acostumados a ver na classe média?

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  2. Legal que eu falei pra sacanear contigo (faço isso com todo mundo) e a minha 'sacaniação' virou post no Veliko. hehe

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  3. Alô Mateus Menezes. Bom ver gente nova comentando por aqui, ainda mais com comentários bons como esse. Vamos lá, te responder.
    Na minha opinião esses dois termos, "capitalista" e "socialista" estão dando no saco já. O que seria uma pessoa se dizer socialista, ou capitalista? Ainda têm aquelas pessoas que conseguem ver um "grau de capitalismo" nos outros, apontando pra elas cada ponto de suas vidas pra depois chama-las de porcos capitalistas.
    A verdade é que isso não existe, hoje você não pode ficar dividindo as pessoas por "capitalistas" ou "comunistas". Acredito que há mais uma orientação política: esquerda ou direita. Mas o estilo de vida de todos é praticamente o mesmo: o capitalista. Ainda têm aquelas pessoas que identificam "nível de riqueza" com nível de capitalismo. Gente, não quer dizer que você é rico ou abastado, que não pode ter ideias socialistas ou, se as tem é um hipócrita. Não são só os menos abastados que tem direito a pensar socialisticamente.
    Mas sua observação foi boa, da "classe dominante" e da "classe alta". ALgumas vezes, tento evitar alguns termos já conhecidos para deixar os posts menos agressivos, se é que me entendes. Também não sou nenhum marxista, aliás no meu humilde conhecimento acredito que o marxismo tem lá suas falhas.
    Não sou socialista, sou apenas um cidadão brasileiro comum com algumas ideias, se você as considera socialistas, ok. Mas não, não sou socialista, nem você, nem ninguém aqui.
    Beijo, leia mais o Veliko hehe (:

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  4. Na verdade existem sim comunistas e capitalistas e outros ... mas ser de esquerda ou de direita é ser partidário de um tipo de política governamental pautada no "capitalismo". E quando eu digo de socialista da classe média, são esses que nunca leram nada a respeito, mas batem no peito e se intitulam com ideologias sem nenhuma base teórica e na prática não acreditam na igualdade entre as pessoas, são mesquinhos e fúteis. Obrigado pela resp.

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  5. Depois de tanto tempo, aparece um post bom e interessante.

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  6. "no meu humilde conhecimento acredito que o marxismo tem lá suas falhas"

    Nos dê o exemplo de uma
    (não que eu não acredite que o marxismo tenha falhas, apenas fiquei curioso).

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  7. Bom dia Ramiro. Olha, já verifiquei algumas, e como pediste o exemplo de uma, vou te falar uma bem óbvia, que você já deve ter percebido lendo o ótimo "1984".
    Hoje, no capitalismo, nós temos os produtos bons e os ruins. Os bons são bons e caros porque são difíceis de encontrar/produzir/exportar/etc. Os ruins são baratos porque são ordinários e então, são mais acessíveis para a população e produzidos em massa. Se no socialismo todos devem ter o mesmo acesso aos bens de consumo, como é que nós poderíamos tomar um bom vinho ou comer lagosta? Ou, sendo menos radical, poder escolher qual tipo de azeitona ou feijão você gosta mais?
    É o que acontece com Wilston, protagonista do romance distópico de George Orwell. O cigarro, o chocolate, o conhaque: são todos iguais para todos, e de uma qualidade péssima.
    Acredito que o socialismo não tem esse alcance de oferecer às pessoas coisas boas, que todo mundo gosta, idependente se são "capitalistas" ou não. Um beijo

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  8. Mas sabe, num marxismo perfeito a produção seria em alta escala e de boa qualidade, pois os trabalhadores estariam qualificados e cônscios da importância de suas funções na sociedade, o que elevaria a qualidade do que é feito nas indústrias (eu penso que seja assim, desculpem se estiver sendo ignorante). Também, num marxismo perfeito, os governantes não tomariam posse do que é do estado, nem investiriam tão pesadamente no setor bélico. Portanto, quanto à qualidade dos bens de consumo, não seria um problema da teoria em si, mas do próprio socialismo como ocorreu. Isso, claro, ignorando a questão da escolha que foi um problema do qual o modelo marxista não pôde escapar.
    Na Alemanha Oriental, na Rússia, na Cuba e no resto do mundo vermelho, os socialistas viram os produtos ficarem cada vez mais podres e a tecnologia cada vez mais defasada. A competitividade, é, sem dúvida, um grande combustível para a produção de bens cada vez melhores - vejam hoje, tem celular que só falta vir com uma lâmina pra tirar a barba. E o mercado cada vez mais afunilado. Marx parece não ter pensado nisso também. Então, bom Gim Vitória a todos. Abraço.

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  9. Não tô falando da capacidade do trabalhador de se superar, já que isso é resolvido com a famosa (e utópica) "consciencia social" (acho que é esse o nome).
    Tô falando de que certos produtos são caros hoje em dia justamente por serem dificeis de serem encontrados na natureza, já que nem todas as obras-primas são encontradas com a mesma frequência e quantidade na natureza. Lagosta é mais "elitista" que o camarão porque lagosta é mais difícil de caçar.
    E eu te pergunto, e se todo mundo quisesse comer lagosta? Não ia dar.
    Um abraço (:

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  10. E não precisa pedir desculpa não, todos aqui estão sujeitos a errar. Até mesmo o Veliko Pai

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