quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Samba do Crioulo Doido

Acho que um grande problema que as pessoas sempre se encontram é achar que as coisas são simples demais. Hoje mesmo vi um vídeo do tal do Felipe Neto, falando sobre impostos sobre importação no Brasil. Vou tentar ser o mais sensato possível, não sei se conseguirei, mas só pra constar eu não gosto desse cara, não gosto dos vídeos dele e acho tudo uma bobagem. E já vou explicar o porquê.
Sabe aquela conversa que você ouve na parada de ônibus, na padaria da esquina ou mesmo na lavandaria da sua casa? Aquele tipo de diálogo onde não há uma opinião formada, apenas um tipo de senso comum misturado a um raciocínio raso? O melhor exemplo disso é quando falam do Governo. Parece que ali em cima, no Planalto, trabalham um monte de vampiros sedentos por sangue da população. Muita gente abre a boca pra falar que o Governo só quer saber de dinheiro, só querem nos roubar, e que todos nossos impostos são convertidos em dinheiro na conta bancária deles.
Não vou dizer que não, porque nunca entrei no Senado pra ver qual é o papo. O ponto que eu quero ressaltar aqui é: por que é tão difícil olhar as coisas através de todo um espectro social e político? Você acha mesmo que o Brasil funciona dessa forma, simplista, de que os políticos só querem roubar e que quem se dá mal somos nós? Eu não acho, pelo menos! 
E o pior é que apesar de as pessoas reclamarem do Estado ser cruel, quando um grupo de pessoas faz uma greve ou uma passeata, é a maior indignação da parte de quem não participa. Hoje mesmo, quando meu professor de Filosofia anunciou que o corpo de professores vinculados ao Estado da escola entraria em greve, tive que ouvir comentários estúpidos, reinvindicando nosso direito de ter aula. E não só na sala de aula, no trânsito por exemplo, quando bloqueiam alguma rua principal e causam o terror no tráfego, o que não falta é gente reclamando de dentro dos seus carrinhos brilhantes com ar-condicionado. 
Se há toda essa reclamação, por que quando alguém levanta a bunda da cadeira pra falar algo, as pessoas que reclamam são as mesmas pessoas que desaprovam uma grevezinha, ou passeata? Acho que todo esse samba do crioulo doido é até meio que cultural. Já está enraizado no brasileiro (não que eu esteja falando mal do brasileiro, é que eu observo isso no Brasil, não sei se ocorre em outros lugares) rejeitar sua própria pátria, da sua realidade e não conseguir fazer nada mais do que se prender no senso comum em uma conversa de esquina qualquer. 
A minha dica é, parar de encher o peito pra falar coisas que você não sabe. E isso vale pra mim também, que vivo fazendo o mesmo (apesar de estar mudando de postura com o tempo). A verdade é que existem pessoas que estudam, pessoas que dão sangue, suor e lágrimas para entender o mundo como ele é, e não é com um papinho de quinze minutos que você vai destruir o argumento de todos esses estudiosos. Se você o fizer, gostaria de conhecê-lo pra trocar uma ideia depois. 
Abraço

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ActionSampler, sua linda

Eu e minha querida amiga Rebeca Rodrigues em um passeio lomográfico (dentro de casa)

Porque não é só o Pratagy que pode hehe.

ActionSampler




Rebeca



Maíra


Rebeca


Rebeca


Maíra


Maíra

E um beijo 'pra galera que não sabe formatar posts.

domingo, 24 de abril de 2011

Frágil é uma pinóia

"Dizem que a mulher é o sexo frágil. Mas que mentira absurda!"  Erasmo Carlos

Estava eu, no meu pacato cursinho de redação (que não convém fazer propaganda gratuíta), quando me deparo com esse tema. Logo houve um pequeno alvoroço com a velha guerra dos sexos, na verdade, mais parecia uma arena de advogados e juízes do diabo. Depois de acalmado os ânimos, a paz reinou novamente, e cada um seguiu construindo sua dissertação. Mas esse debate me deu munição para escrever as seguintes letras.


Depois de mais de 5 mil anos de submissão, não vai ser em 2 séculos que as mulheres vão conseguir terminar com esse paradigma.Quem está no poder não vai dar o braço a torcer assim tão fácil, né? Apesar de saber que a maioria das mulheres da sociedade moderna trabalha muito mais do que os homem ganhando bem menos, e ainda são na maioria das vezes, o centro equilibrador de suas famílias. Acredito que para o tempo que temos desde as primeiras revoltas feminista até os dias de hoje, já houve ganhos fabulosos.

Segredo: Então deixemos que eles pensem que estão no comando, amaciamos seus egos e ganhamos espaço. Tudo sem perder a elegância e a feminilidade!

Ao certo, a sociedade só será realmente justa quando pararmos de nos dividirmos por sexo e comerçarmos a nos tratar apenas como pessoas com habilidades distintas, onde cada valor tenha a mesma bonificação independente de gênero. Mas nunca esqueçam rapazes: mesmo com a nossa luta por mais espaço, não deixamos de ser mulheres, com nossos caprichos, nossos desejos singulares e ainda adoramos receber rosas e chocolates.

sábado, 23 de abril de 2011

O Bem Amado de Guel Arraes


Olá! Na boa? Olha, não que isso importe, mas eu tô ótimo. Ressuscitado em pleno sábado de aleluia. Estava cá eu com minhas confabulações e notei que nunca foi resenhado aqui um filme brasileiro. Que triste, não? Pois é, então vou acabar com isso porque o Brasil tem sim muita coisa boa. E coincidentemente assisti um filme sensacional esses dias.

O Bem Amado, originalmente, era uma novela – por mais incrível que pareça, da Globo – que foi censurada nos tempestuosos tempos da ditadura militar. E se foi censurada, é porque algo não convinha com os pensamentos fascistas dos militares. E se não convinha, é porque, provavelmente, os criticava de alguma forma. E se critica o governo de forma é inteligente, é bom.

O filme nos passa de forma muito hilária – humor é o ponto forte do cinema nacional – um simpático e engraçadíssimo político, interpretado por Marco Nanini (o Lineu de A Grande Família) que é repleto de peculiaridades que fazem dele um personagem memorável. Talvez você, como eu fiz à princípio, vá com um pé atrás já que seu personagem de longa data na telinha não é lá muito legal. Mas apenas alguns minutos são necessários para sacar o incrível personagem que o ator criou.

Voltando à história, temos de início um enredo simples, onde a bela e pacata cidade de Sucupira tem seu prefeito assassinado por Zeca Diabo (José Wilker, que por sinal está muito bom no filme) e no funeral do próprio, como todo bom político, Odorico (Lineu, ou melhor, Marco Nanini) aproveita o fato de que todos precisam caminhar até outra cidade para enterrar seus entes falecidos para fazer um discurso que o levará a assumir o cargo de prefeito: prometeu que seu maior projeto será o “construimento”, como ele mesmo fala, do grandioso cemitério sucupirano.

Após mostrar os caprichos que um “bom político” faz para terminar sua obra (desde aí já começa a se explicar o fato de a novela ter sofrido censura) só é necessário uma única coisa para a inauguração da obra: um morto. Como a cidade é pequena e sem violência, ninguém morre. E daí uma deliciosa trama envolvendo guerra política entre prefeito e oposição (também mostrada como corrupta, onde, no fim das contas, tem políticos tão bons quanto os outros), um casal gente boa, e o desenrolar de várias situações envolvendo personagens sensacionais, como o braço direito do perfeito (Mateus Nachtergaele) as 3 cajazeiras e o bêbado.

E toda essa confusão, regada a humor, armada por Odorico para conseguir seu morto reflete diretamente no regime militar imposto no Brasil. Quem diria que isso aconteceu por causa da cidade de Sucupira?

Sem dúvida, um filme que deve ser visto.

Feliz páscoa, ou nascimento de Jesus... ou morte... bom, não entendo disso. Enfim, seja feliz nesse feriado que tem algo a ver com nosso querido hippie Jesus Cristo. Até mais.

domingo, 17 de abril de 2011

O malefício de um benefício.

“Meu sonho é que algum dia desses a internet parasse de funcionar em todos os lugares, assim as pessoas seriam obrigadas a sair de suas casas e dar uma volta pelas ruas" Nas minhas costumeiras visitas aos twitter's alheios, me deparei com essa declaração que me fez pensar: Há alguns anos não era difícil imaginar a vida sem a internet, até porque era assim que ela acontecia.

A internet era usada, naquela época, com fins militares, e não com fins sociais, como acontece hoje. Ninguém tinha um computador com internet em casa, e não se sabia ao certo a importância e a influência que ela teria na nossa sociedade.

O fato é que hoje em dia ela é algo imprescindível nas nossas vidas. Imaginem vocês, caros leitores, chegarem em casa depois do colégio com trabalhos e pesquisas para fazer. Não, vocês não vão à uma biblioteca. Chegam em casa e recorrem á nossa querida internet. Ou então vocês querem conhecer alguém que lhes chamou atenção no colégio. Vocês muito provavelmente não irão cumprimentar essa pessoa. Vocês irão adicioná-la nas suas milhões de redes sociais e tentarão manter algum contato, inerente à percepções humanas. Ou ainda, querem felicitar suas mães pelo seu aniversário, e ao invés de saírem dos seus quartos e darem um mísero abraço nelas, mandarão um e-mail com gifs animados de balões subindo à lugar algum e um "feliz aniversário" em letras coloridas e garrafais. Isso se vocês, por sorte, lembrarem do aniversário delas. E é aí que quero chegar.

Apesar de seus inúmeros benefícios, a internet afasta as pessoas cada vez mais. Pode ser que ela aproxime interesses entre cidadãos de todo o mundo, mas de certa forma elimina o contato físico, a troca de energia entre pessoas, se é que me entendem. Olhos nos olhos, abraços apertados, o escutar do timbre da voz de alguém estão sendo extintos.


E por mais que vocês já estejam tão embriagados por esse mundo paralelo o qual o próprio homem criou que não percebam a importância das ações puramente humanas, saibam que senti-las é extremamente necessário para o desenvolvimento pessoal de cada um. Não é só o conhecimento que forma as pessoas, coleguinhas.

Portanto, saiam um pouco desse casulo. Acho que não custa nada sair vez em quando do quarto e dessas palavras frias aqui e ir sentir um pouco do calor do mundo. Conversar com seus pais, irmãos, avós, amigos. Viver experiências. E se forem fazer amigos pela internet, o que é muito bom se há proximidade de interesse, ao menos tenham o bom senso de conhecê-los frente á frente, porque provavelmente vocês terão muito mais o que trocar do quê essas palavras todas escritas numa janela de MSN. Ah, e essa lição vale para mim também.

Christophe Honoré "A Bela Junie"

Difícil não ficar atraído por esse filme só de ver a capa, que mostra a tal da Junie com um olhar intrigante e meio que melancólico. De fato, é o tipo de capa que dá uma prévia do filme: não é uma história das mais felizes, apesar de se tratar de amor e tudo mais. Junie é uma aluna nova que logo chama atenção da galera por ser muito bonita, e depois de um tempo começa uma relação com Otto, um carinha calado e sentimental. Desde então, o filme se desenrola em torno de Junie, apesar de que em certos momentos a película dá uma volta em outros personagens também, o que fica bem gostoso de ver.
Claro que um dos pontos altos de "A Bela Junie" (pra quem gosta, né) é o Louis Garrel, o gostosão do cinema francês atualmente. É com ele (que faz o papel de um professor de italiano) que a Junie se apaixona (ou não, depende do seu ponto de vista), deixando o Otto "doidinho", pois o personagem de Garrel é o garanhão da escola. Assim, em linhas gerais, o filme parece ser uma típica história de amor escolar, com aqueles personagens esterotipados típicos de filme assim. Engano seu.
Christophe Honoré (o diretor) faz dessa espécie de triângulo amoroso o centro de uma narrativa sensível, levada por uma bela fotografia e pontuada por uma trilha sonora melancólica, créditos de Nick Drake (um dos meus artistas favoritos, e largamente ignorado nos dias de hoje). Os alunos, professores e outros personagens são todos muito humanos, profundos, e analisados de uma perspectiva onde todos os espectros das ações humanas são considerados, e não só pelo único objetivo para "a história funcionar". Interessante notar também que a escola funciona como um organismo que se desenvolve em conjunto, como os amigos de Junie, com suas fofoquinhas e intrigas, que se desenvolvem paralelamente.
Por fim, recomendo a vocês "A Bela Junie", mas só se estiverem preparados para um filme não muito fácil de ver, e com doses de melancolia. Não que seja ruim de ver, mas é aquele tipo de filme que requisita um momento legal, e a cabeça aberta um pouco, se você não for dos mais sensíveis. Entregue-se a beleza da Léa Seydoux (ou do Louis Garrel) e viaje nesse retrato apaixonado (e às vezes realista) de Paris.

sábado, 16 de abril de 2011

Psicodelia, Socialismo e Pink Floyd

Fiquei um bom tempo pensando em algo especial pra esse post, que é o centésimo. Bom, já que não me veio nenhuma ideia realmente bacana (e acessível) falarei um pouco sobre alguma coisa que não esteja relacionada a nenhum desses três temas acima. Posso contar mais ou menos a história do blog, que não é muito longa nem nada, mas não deixa de ser uma história. Tudo começou com meu primo Mateus Aguiar, que fez um blog (dentre os milhares que ele já criou hehe)  e me pediu pra entrar na onda também e fazer um. Fiquei meio "na onda", porque não tinha muito o que falar e meu pensamento era de que: "Bom, existem muitas pessoas melhores fazendo o que eu quero fazer, então, pra que fazer? Ninguém vai ler". Se você tem esse pensamento também: deixe de ser otário! Não custa nada tentar, e claro: com uma pitada de diferencial.
Vou confessar pra vocês que já procurei bastante mas nunca achei um blog como o Veliko na internet. Não tô falando de qualidade nem nada, mas de conteúdo e ponto de vista mesmo. De vez em quando quero ler algo como o Veliko e acabo relendo os posts que já fiz (o que não tem muita graça). Mas então, fui a procura desse ingrediente especial (e ainda não achei) fazendo uma pseudorresenha do (péssimo) disco do Pink Floyd, o Ummagumma. Ela começava com a seguinte frase: "Ummagumma é um álbum muito gente boa do Pink Floyd". Daí, as coisas foram melhorando (eu espero).
Até que chamei uma galera pra fazer alguns posts, como o Bruno Bracchi, o Francesco e o Lucas Ferreira. Desses três, o Bruno Bracchi logo se tornou membro fixo (foi ele que teve a ideia do Preferência Nacional, que não foi pra frente mas deu muito certo na primeira tentativa) e depois entrou o Lucas Ferreira, que só me enrolou, fazendo um par de posts e nunca mais. Pra suprir de fato essa equipe, eu chamei um parceirão chamado Ramiro Arthur, que se empolgou e chego numa época a postar mais que eu. Seus posts se caracterizavam por serem gordurosos demais, cheios de figuras de linguagem e piadinhas toscas. Tipo aquela pizza cheia de bacon que escorre óleo dela quando você põe no prato.
Até que lá pro fim do ano, não sei porquê, mas o Veliko deu uma esfriada e ninguém postava mais, exceto eu e o Jorge de vez em quando. Aliás, falando no Jorge, ele só entrou aqui por ser meu primo mesmo, porque escrever que é bom, o cara não saca muito. Mas é gente boa, um eterno Veliko e vocalista da Saturno Cobra. Resolvi agitar as coisas demitindo todo mundo e experimentando algo novo: um texto sobre as coisas da vida, não uma resenha. Assim que veio o "Algo diferente dessa vez", um post meio confuso sobre algumas coisas que penso sobre a vida, e que na minha opinião botou abaixo várias das coisas que tinha afirmado aqui, nas resenhas.
Desde então, "contratei" dois Velikos (preciosos) de uma vez: o Lucas Domires e a Jamilly Padilha, e começamos com o novo formato do blog, que ficou mais flexível e opinativo.  O Lucas Ferreira (vulgo Curupira) voltou - bem melhor, diga-se de passagem - e o Ramiro nunca mais voltará hehe. Chamei uma amiga que acompanhava o blog faz tempo (e tem o dela, que é ótimo), a Maíra Ferraz, um dia desses e logo vocês verão os posts dela.
Podia falar um bom tempo aqui sobre os visuais do blog (os porquinhos gente boa) e todas essas coisas, mas só queria agradecer todo mundo que fez/faz/fará parte dessa galera boa que é o Veliko, unindo uma geração louca pra falar o que guarda dentro de si e consolidando um ambiente para os escritores da nossa geração, formando (e desformando) opiniões: afinal, não somos imutáveis e, como eu já fiz várias vezes, podemos mudar de opinião a qualquer hora.
Um viva aos Velikos! E uma vaia pro Lasanha!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

All Together Now


Olá meus bons e caros Velikeiros depois de eras eu Lucas Domires volto a escrever nesse jovem blog, o motivo de ter ficado longe por esse longo período eu não sei responder... Porém hoje quero convocar vocês consumidores de cultura, para ''robotar''(leia-se trabalhar) conosco, sim, isso mesmo escrever, filmar, pintar etc, ''com nóis aqui'', jovens com tendências revolucionarias.

Um ponto de questionamento de vocês deve ser o fato de eu ter dito ''filmar, dirigir, pintar etc.'', ora meus irmãos este humilde lar de formadores de opinião tem que crescer este post aqui já é o de número 99, o nonagésimo nono, deixando-nos próximos do 100º, da pra acreditar?Eu nem acredito que faço parte desta equipe, da qual anteriormente eu ''pagava mó pau''.

O Veliko quer/vai/pode mudar, e junto de vocês. Ta e o que eu posso fazer se não sei nem fritar um ovo? Simples, se tiver twitter e essas paradas, coloca ai nos comentários, outra coisa interessante a se fazer e divulgar essa bagaça aqui até pra sua avó. Bicho não importa se você ta em Belém onde nós (colaboradores) moramos, Mosqueiro, Fortaleza, Salvador, Casa da mãe Joana ou Quinto dos Infernos, pois felizmente o século XXI nos proporciona a internet. Então velho, quero todo mundo colocando o ''@fulanodetal'' ali em baixo, tranquilo?E porra cara vamos movimentar essa parada aqui, afinal já era hora.


terça-feira, 12 de abril de 2011

Casamento - Instituição falida ou em evolução?



       É muito difícil ver um jovem, hoje em dia. falar abertamente que seu maior sonho é casar, constituir uma família e viver feliz. Isso não é uma crítica, de formal alguma, eu também quero que meus primeiros 30 anos valham mais do que os últimos 50. Mas fico pensando como hoje é tão comum os casais se casarem e se separarem, e casarem de novo. Será que antigamente os casais era mais felizes que agora ou eles apenas tinham o obrigação de parecerem felizes?

       Sabe-se muito bem que casamento se tornou mais importante para o comércio do que para o relacionamento em si. Já que os noivos estão mais interessados em gastar verdadeiras fortunas em festas que duram 5 horas em média, do que se estão realmente aptos a uma vida conjugal bem estruturada. E o resultado de tudo isso é mais visível quando entramos num tribinual, onde existem dezenas de milhares de processos para divisão de bens. Pode ser pior, quando os irresponsáveis não dando conta de suas próprias vidas ainda insistem em ter filhos. Lá se vão mais processos e os incontavéis problemas psicológicos que podem rondar as cabeças de filhos com pais recém separados, mas era tanto amor que ninguém pensou nisso (risada irônica). Em falar em amor, é tão bonito no começo de tudo quando o noivo diz "vamos viver do meu amor, meu bem", e no final está mais para "Bom, 50% de tudo que é seu é meu, então eu quero metade do seu amor também. Põe tudo numa caixa que segunda eu venho pegar".

      No auge do meu ceticismo (2008) julgava o casamento como não mais que uma negociata onde havia fusão entre um distribuidor e uma fábrica. O distribuidor crescia e distribuía para várias fábricas, assim como a fábrica recebia de vários distribuidores. Ao encontra o produto certo para sua linha de montagem a fábrica "fecharia" com um distribuidor, o qual lhe oferecesse mais vantagens e desempenho. Chegando numa certa estabilidade financeira, fábrica e distribuidor, abririam seu negócio e passariam a produzir. Se os produtos fossem de boa qualidade: Ambos receberiam reconhecimento e seus produtos os manteriam até o final de suas vidas. Se os produtos fossem de média qualidade: eles se manteriam no mesmo patamar até o fim. Se o produtos fossem ruins: teriam sorte se não falissem (na vida real: ir para um asilo).

      Mas eu ainda acredito no amor e acredito que as pessoas podem ser felizes por muito tempo juntas. A grande prova disso reside aqui, na minha casa. Duas pessoas diferentes, sim, mas que se completam de uma tal forma que parece que um nunca existiu sem o outro. Não importa se já foram 25 anos casados, eles se olha com mesmo brilho nos olhos daquele primeiro "oi". Se um está triste, o outro consola. Se um está com raiva, o outro abranda. Se existe distância, telefones não param de tocar. Se falta-lhe algo, o outro repõe antes mesmo que se fale uma palavra. Mãe, eu quero ter um marido tão prestativo e honesto quanto meu pai . Pai, eu quero ser uma companheira como minha mãe é para você. E se um dia eu tiver um relacionamento com um quinto da felicidade do de vocês, estarei feliz. E pra você que está lendo, acredite ainda há esperança.

domingo, 10 de abril de 2011

Rá! Pegadinha do malandro!

     O chefe (Mateus) achou muito dispendioso pagar todos os direitos trabalhista dos seus colaboradores  e desistiu da proposta insana de detonar o Veliko. De verdade, de verdade, o que ele queria era que viesse alguém implorar para que ele mantivesse o blog e assim inflasse ainda mais o super ego dele ( depois de ler isso ele irá me demitir, com certeza).
     Brincadeiras à parte, o que se passa na cabeça dessas crianças? Foram tantas temporadas de gossip girls que afetou o cerébro? Ou todo mundo acha que pode ser Morgue? (risada sarcástica) Depois que a mais célebre das fofoqueira do ETRB faleceu - que Deus a(o) tenha! - parece que todo mundo resolveu da pitaco na vida das pessoas daquela escola.
Certo dia, resolvi me interar sobre os assuntos que rondavam a escola. Resultado: segundo esses sites a minha instituição de ensino só tem vadias, vagabundas, piranhas, gente burra, puxa-saco, gente analfabeto funcional, moleque, ou seja, tudo que não presta e mais um pouco (desculpem o vocabulário, mas foi esse mesmo o nível que encontrei). Agora, vocês se perguntam o que se passa na cabeça de um ser humano desse?
Mas ainda  pode piorar: há pessoas que fazem perguntas para esse tipo de gente. Mas calma, ainda pode ser muito pior: há pessoas que discutem com esse tipo de gente. O samba do crioulo doido piorado trinta vezes. Mas sabe, pode até funcionar como canal de humor barato.
Não acho que eu seja das pessoas mais espertas ou mais inteligente, mas ao menos tenho bom senso e desfruto de um ambiente de pessoas que pensam - obrigado senhor!- e se um dia o Veliko deixa de existir, certamente não vai ser por causa da concorrência.


Abraços.

Aos leitores

Estou desativando o Veliko, visto que todo esse nosso trabalho em formar (e desformar) opiniões e buscar sentido (e des-sentido) no espectro das ações humanas vem sendo em vão, já que outras pessoas envolvidas em trabalhos melhores que o nosso nos orgulham e fornecem material de ótima qualidade.
Fico com meu Adeus e a recomendação dos links, para apreciação dessa ótima leitura: http://kibesdoetrb.blogspot.com/
http://www.formspring.me/etrbanswer

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Momento interação...

Estou passando por uma sério Bloqueio de Criatividade Devido à Sobrecarga de Informação (BCDSI, haha), por causa das provas e das aulas de teatro. É por isso que eu peço, encaracidamente, que vocês me ajudem sugestionando temas para meus próximos posts: coisas que vocês tenham dúvidas, que queiram uma análise mais profundo, ou simplesmente queira saber a minha humilde opnião.

Obrigado.

Obs: Farei de tudo para isso não torno-se a repetir.

Vítimas de nós mesmos.

Velikeiro Pai já escreveu sobre o assunto. Quem liga? Essas são as minhas considerações sobre o acontecido. Primeiramente, peço que você abra um tanto a mente para ler isso aqui, não que seja uma leitura difícil ou algo do tipo, apenas tente sair das expressões chocadas e horrorizadas que você provavelmente fez em frente à tv.
Tentarei ser breve, então... fato é: o cara entrou na escola com dois trabucos e simplesmente mandou bala em vítimas rapidamente selecionadas. Um erro: simplesmente não. As coisas não são tão simples assim, e é para este fato que quero conduzir a sua linda cabecinha.
Como já mencionado pelo Criador (não coloque Deus nisso) dessa bagaça, o mundo inteiro se indignou com o acontecido e colocou o cidadão na cruz, fogueira, ou qualquer outro lugar onde ele fosse torturado até morrer. Mas por que diabos ele fez isso?
Bom, centenas de "especialistas" tentam especular as causas, eu também tenho direito de assim o fazer. Sabemos até agora - pelo menos eu acho, porque não aguento mais olhar pra tv e ver essa notícia - que o Psycho Killer parecia sofrer de um distúrbio psicológico. Mas teria sido essa a causa para a execução do massacre?
Eu acho que sim, e também acho que não. Calma lá, eu vou me explicar. O cara tinha problemas emocionais, e isso pode até ter sido um fator decisivo, contudo, ao meu ver, isso não seria suficiente para que ele passasse semanas planejando um ato como este. Com certeza esse ser humano - sim, ele é um - era mais um, como alguns de nós, que estava à margem da sociedade. Tenho uma expressão melhor: um oprimido.
Não é novidade para nenhum de nós que a sociedade, vulgo nós, é a maior opressora de si mesma. Isso acontece desde os pensamentos mais banais aos mais complexos, como os que se passavam na cabeça da tal
bruxa do século XXI. Você nunca pensou em ir pelado pra escola? Olha, eu já. Mas sabe por que não fui? Porque isso é dito como comportamento inviável pela maioria. Está aí uma pequena forma de opressão.
Agora jogue isso para um plano maior. O cara sofria bullying, era oprimido por vizinhos, colegas de escola e até mesmo pela própria família. Pois é, pega toda essa parcela e soma com os distúrbios psicológicos. Pronto: acaba de sair da cozinha da sociedade um psicopata prontinho para assassinar crianças. Cheguei aonde queria chegar. Se você não entendeu, vou resumir de novo e mais ainda. A doença do cara até pode ter ajudado, e muito, para a execução do crime, mas o botão que liberava a bomba fomos nós que criamos.
O que eu quero dizer com isso tudo? Aqui vai. Assassino, psicopata, frio, desgraçado e até filho da puta se você quiser. Mas por que não uma vítima? Não quero dizer que o crime é justificável ou que ele tinha razão pra fazer o que fez, afinal continua sendo um ato repugnante, podia ser eu, você ou o seu primo de segundo grau. Apesar de tudo, de forma diferente, ele também era uma vítima. Seja da sociedade, do governo, do sistema, ou seja lá como você queira chamar, mas como as crianças, ele era mais uma vítima.
Eu sinceramente acho que o que estamos vendo no noticiário de 20 em 20 minutos é apenas um produto de toda essa complexidade que é todo. E, talvez, esse todo tenha criado essa anomalia, portanto, o fim de algumas vidas pode ser somente fruto de nós mesmos.

Até a próxima.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Psycho Killer

Um rapaz entra numa escola e mata um monte de aluno. Bacana, já viram o filme "Elefante"? É a mesma história, só que da última vez aconteceu nos EUA. Agora que foi no Brasil, o pessoal está em polvorosa, principalmente os jornais, botando o assassino numa verdadeira "hora do ódio". Vejam, a bruxa, que tem umas ideias diferentes da Igreja é exposta em praça pública para todos verem ela queimar na fogueira. Isso na Idade Média. E hoje também. Vamos lá, tentar explicar a "bruxa do século XXI".
Não sei direito quantas pessoas ele matou (como se isso importasse), nem vou entrar no mérito de dar uma razão pra ele. Digo, todos nós somos uns fumados. Não somos rockstars, nem modelos, nem nada do que nos dizem que podemos ser. Mas tudo bem, levamos a vida pra frente, porque estamos condicionados a isso. Desde a nossa infância, você sabe, você foi educado conforme as regras. Mas não é um absurdo afirmar que essas regras são válidas pra todo mundo? Sempre vai existir um outro que não se adapta.
"Culpa dele", "Prende ele", "Fogo nele". A verdade é que a sociedade não consegue e provavelmente nunca vai conseguir abrigar todo mundo do jeito que é.
O rapaz, dentro do mundinho dele é considerado um herói, que nem o Alex DeLarge, do "Laranja Mecânica", por exemplo.  Ele só caiu na real, viu que era um zé ninguém, um fumado, com AIDS, vítima de um mundo frio e distante. E ficou puto, muito puto com isso: encontrou na matança o melhor meio pra mostrar que não era só uma vítima, um pobre coitado, e ainda fez questão de mostrar pra todo mundo, porque aí que estava o ponto. Aí sim, chocou a tudo e a todos, virou as coisas de cabeça pra baixo e infelizmente, alimentou a ignorância que ele tanto lutou contra.
No final das contas, somos todos parte de um grande saco de merda que espera o caminhão de lixo nos levar. De vez em quando, algumas pessoas tentam mudar isso, só que cada uma do seu jeito. O meu conselho é: pare de apontar esse seu dedo gordo nas pessoas que são diferentes de você, porque isso é o que a Igreja fazia lá na Idade Média com as bruxas. E parem também de tentar resolver tudo com presídio, manicômio e pena de morte.

WALL•E

WALL•E é a história de um robôzinho gente boa que fica compactando lixo o dia inteiro, formando verdadeiros arranha-céus de lixo pela cidade. No mundo não há mais vida animal nem vegetal (exceto uma barata camaradinha) e pelo que entendi, WALL•E é um tipo de robô que jogava o lixo fora enquanto a Terra ainda era habitada, visto que a acumulação de lixo era enorme e as pessoas não davam conta dele. Até que o WALL•E encontra uma robô chuchuzinho (EVA) e fica apaixonado por ela, e por aí vai.
Não sei se vocês sabem, mas sou um grande fã de Toy Story e sempre simpatizei com as animações da Pixar, sendo bem-feitas e tudo. Acho que apesar de serem destinadas ao público infantil, têm uma sensibilidade fora do comum quando se trata desse gênero (que geralmente é frio e imbecil). Por isso já fiquei apreensivo quanto a WALL•E - apesar de não saber bem do que se tratava - e queria ver/resenhar faz tempo o bendito filme. Após a terceira tentativa (ver filmes pra mim é sinônimo de dormir), a Pixar subiu mais ainda no meu conceito (hehe).
Primeiro que, se tirarmos a parte romântica/cômica da história, temos um romance à lá Orwell, Huxley, ou algo do tipo. Uma sociedade que vive no espaço, controlada pelo consumo e que esqueceu várias de suas características humanas? Sua irmãzinha de dez anos vai passar batido. Enquanto o romance de WALL•E e EVA desenrola, o filme escancara uma crítica social elaboradíssima: são exemplos desde a mídia agressiva até o sedentarismo, passando por um monopólio (Buy'n'Large) e muito mais.
Mas claro que todo esse teor político não exclui o fato de que ainda é um filme da Disney, e isso fica óbvio no final: compare o desfecho de "1984", sombrio e frustrante; com o desfecho de WALL•E, bem mais alegre e até absurdo. Mesmo assim, é uma das melhores animações que já vi, e com certeza será uma das suas. Vale a pena mencionar também as relações com "2001: Uma Odisseia no Espaço", principalmente na hora em que toca a música tema do filme. Aliás, se ver filme pra mim é sinônimo de dormir, ver "2001" então... Mas quem sabe numa próxima tentativa eu consiga ver. Rola até uma resenha hehe

terça-feira, 5 de abril de 2011

As coisas como são

     E aqui estou eu de volta para perturbar a vida de vocês. Esses tempos de prova são uma calamidade mesmo... mas enfim, não estou aqui para reclamar da minha vida, na verdade, só um pouco. Venho aqui vos falar do novo surto sexual que assombra a cabeça de vários jovens da nossa geração (está certo que não só da nossa geração, mas as coisas pioraram agora). Afinal de contas, a que se deve esse multissexualismo dos dias de hoje?

      Tomei a liberdade de criar várias teses sobre o assunto, mas vamos começar do ínicio. 1° tese: virou moda, depois  de um certo tempo, sinônimo de liberdade é você "experimentar" de tudo um pouco, - todo mundo é de todo mundo, ninguém é de ninguém, vamos curtir galera!- e depois da onda dos coloridos as coisas só fizeram piorar.

      2° tese: Eu já ouvi falar disso uma vez, e perceba agora, o quanto um pessoa pode ser alienada. Depois que se criou os movimentos em defesa dos homossexuais muita gente passou a ter a concepção de que se você não é bi, ou gay ou simpatizante, você é homofóbico. Ok, se eu não casar com um negro, eu seriei o quê? Racista?

      3° tese: Você pode até não perceber mas o multissexualismo virou um produto, que vende muito bem obrigado.Primeiro começou com imagem de homossexuais sendo hostilizados, depois veio a imagem que todo homossexual é legal, desde então, só foi uma passo pra mídia vender o homossexualismo como produto. Através de clipes, programas etc.

      Você, querido leitor, deve estar se perguntando agora, qual é a dessa guria? Bom, eu não queria chegar ao mérito da questão, mas antes de ser taxada de homofóbica ou sei lá mais o quê, gostaria de dizer que sou bissexual, e já estou de saco cheio de ver essa garotada que está experimentando hoje, amanhã dizer que só foi uma fase. Então queridos, tenham mais consciência, cada escolha que se faz tem um peso e uma medida, não dá pra ficar brincado pro resto da vida. A sexualidade de uma pessoa é uma coisa séria, e não houveram tantos homossexuais que morreram tentando lutar por direitos, para agora virar modinha.


 Agradeço a atenção.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Iron Maiden em Belém

Finalmente chegou o dia em que os desgracentos de Belém puderam ver o Maiden de perto na sua terra natal, e só isso já bastava pra deixar todo mundo alegre, nem que subissem seis múmias no palco e tocassem só músicas novas. Mas ainda bem que esses metaleiros britânicos foram lá e fizeram alguma mágica satânica que satisfez nossa alma sedenta de rock pesado (rock do futuro, rock da geração jovem). Só de ver o Bruce Dickinson, Steve Harris e cia. no palco pulando de um lado pro outro, tocando sem erros e muito (profissionalmente) empolgados, uma lágrima escorria no canto do olho. Era o Iron Maiden, bem ali!

"Palco em formato de nave" hehe
 Antes de falar sobre a performance da banda, vale a pena mencionar que a organização do evento estava ótima (um agradecimento especial ao DATA), com salgadinhos de graça na área VIP e claro, figuras ilustres como meu prof. de filosofia Rafael Pitt, headbanger mineiro de raíz muito gente boa. Embora as más línguas digam que esse pessoal "envolvido com banda", que "se veste de preto" e "mata os pais por causa de RPG", é tudo mentira, as coisas correram muito bem, todo mundo de boa, não vi uma confusão sequer. Claro que estávamos protegidos e abençoados pelo demônio, nosso pai, entidade esta que foi reverenciada a noite inteira com o indicador e mindinho levantados em direção à Lua.

No palco, Janick comanda

Sobre o repertório, podemos dizer que foi equilibrado, apesar de um ou outro desgracento reclamando de não ter tocado "Aces High" ou "Run To The Hills". Sim, meus queridos! O Iron tem uma discografia a explorar, né...  Começou ótimo com as duas primeiras faixas do novo álbum Final Frontier, depois foi equilibrando com alguns (poucos) hits clássicos dos anos oitenta, canções dos últimos dez anos, as óbvias do disco atual ("When The Wild Wind Blows" é ótima) e claro, a esperada (pelo Matchuka principalmente) "Fear Of The Dark", com todo mundo cantando o "oooooo". No bis mandaram logo uma trinca de clássicos, sendo "Number Of The Beast" o ápice da adoração satânica em que o coisa-ruim foi invocado no palco e dentro de nossos corações também.



Resumindo: Janick Gers é um mago albino da guitarra e eu não consegui pegar nada que o Iron jogou, mas tudo bem, eles continuam sendo a realeza quando se trata de heavy metal (que gosto mais a cada dia que passa, me desculpem fãs de prog). Quem foi, foi. Quem não foi... vai pro Deep Purple hehe

1. Satellite 15... The Final Frontier
2. El Dorado
3. 2 Minutes to Midnight
4. The Talisman
5. Coming Home
6. Dance of Death
7. The Trooper
8. The Wicker Man
9. Blood Brothers
10. When the Wild Wind Blows
11. The Evil That Men Do
12. Fear of the Dark
13. Iron Maiden

Encore:

14. The Number of the Beast
15. Hallowed By The Name
16. Running Free